DEFENSIVOS ALTERNATIVOS E NATURAIS
A TEORIA DA TROFOBIOSE E O CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS
Uma planta que se encontra num ambiente equilibrado, adaptada ao lugar onde vive, em solo contendo umidade, bem como quantidade e qualidade de nutrientes suficientes, consegue fabricar através do seu metabolismo interno e fotossíntese, substâncias complexas como proteínas, açúcares e vitaminas. Tais plantas dificilmente serão atacadas por “pragas e doenças” já que esses organismos não possuem aparelho digestivo preparado para dissolver substâncias complexas. Nos períodos climáticos desfavoráveis ou quando são empregados excesso de nutrientes solúveis e agrotóxicos, são liberados na seiva das plantas radicais livres (aminoácidos, açucares etc) que são alimentos prontamente disponíveis para os insetos nocivos e patógenos.
A NUTRIÇÃO DAS PLANTAS E O ATAQUE DE PRAGAS
Deve-se dar preferência à adubação orgânica e aos fertilizantes minerais parcialmente solúveis, pois a lenta liberação dos nutrientes proporciona menores perdas pela erosão e chuvas, além de dificultar acúmulo de radicais livres.
Recomenda-se evitar o emprego de adubos altamente solúveis, já que favorecem o desequilíbrio da planta e do ecossistema. Caso seja necessário seu uso, procurar formas menos solúveis, fazendo o maior número possível de parcelamento e aplicar sobre o solo coberto com matéria orgânica ou mato. É fato que a aplicação de adubos de alta e média solubilidade liberam nutrientes que desequilibram as plantas, tornando-as susceptíveis às pragas e doenças.
O VALOR DA AGRICULTURA ORGÂNICA
· Segundo documentos da FAO, o Brasil é um dos países que mais exageram na aplicação de pesticidas, principalmente na horticultura. Em torno de 10.000 litros de caldas com agrotóxicos são aplicados anualmente por hectare na horticultura.
· Levantamento do Projeto Terra Viva (1996), contabilizou a aplicação em fruteiras de mesa, a média de 33,5 tratamentos anuais de fungicidas e 32 de inseticidas, num total de 65,5 aplicações durante aquele ciclo vegetativo.
DADOS DA EMBRAPA REVELAM QUE O CONSUMO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL CRESCEU 44% EM 10 ANOS (1993-93). O GASTO DE 1,0 KG/HA DE PESTICIDAS EM 1983 PASSOU A SER DE 1,44 KG/HÁ. NO ENTANTO:
· As perdas causadas por pragas e doenças não sofreram redução drástica, e os ganhos de produtividade foram restritos.
· A contaminação dos alimentos, do meio ambiente e os casos de intoxicação no trabalhador rural, cresceram de forma significativa neste período.
O RISCO DOS PESTICIDAS
Na agricultura convencional moderna, surgida após as grandes guerras, assegurou-se que o combate às pragas da lavoura é indispensável para assegurar a integridade das colheitas. No entanto, esta prática pode acarretar graves prejuízos para o homem e a natureza, principalmente quando realizada de forma inadequada. Entre as piores conseqüências do uso desses produtos são: agressão ao meio ambiente, contaminação de alimentos, prejuízos para a saúde de quem os manipula e a resistência progressiva aos agrotóxicos pelos seres vivos que se pretende eliminar, o que acaba por exigir o emprego de drogas cada vez mais potentes e em quantidades maiores. Quando é feita a aplicação de um pesticida, não é somente determinada praga que é eliminada, mas toda cadeia alimentar, constituída de predadores naturais da praga são eliminados de forma indiscriminada e quem perde é o ecossistema. Portanto, ao utilizar um produto químico na agricultura deve ser tomado todo cuidado, preferindo aqueles naturais e alternativos, que causem menor impacto à natureza e prejuízo á saúde humana e dos animais.
Como fazer mudas de citros
Durante o desenvolvimento dos porta-enxertos, fazer a irrigação diariamente. Adubações, com soluções de macro e micronutrientes, e controle fitossanitário preventivo poderão ser realizados quinzenalmente O enxerto em citros mais comum é o enxerto de borbulha em “T” normal ou escudo. Enxertar quando os porta-enxertos apresentarem 8-10 meses de idade e um diâmetro médio do caule de 10 mm, à altura de 15 cm a partir do colo da planta. Nesta fase, o caule do porta-enxerto deve estar “soltando” a casca, Utilizar borbulhas certificadas de 6-8 mm. Passar sobre a região enxertada a fita plástica (evitar cobrir o enxerto e remover 20 dias após a enxertia) ou então o parafilme (não precisa retirar).O enxerto é feito a 15 cm do solo. Depois de enxertado, deve ser feito o encurvamento para baixo do ponteiro do cavalo, para forçar a brotação da borbulha enxertada. Depois de bem desenvolvido, a região acima do enxerto é podada.Trinta dias após a enxertia, é realizado o corte dos porta-enxertos 5 cm acima do ponto de enxertia e, após 120 dias, do pedaço da haste remanescente do porta-enxerto.
Enxertia de Garfagem
Os garfos (estacas da planta-mãe) podem ser lenhosos ou herbáceos. Os lenhosos devem ser enxertados no outono ou inverno e os herbáceos na primavera. ALGUMAS FRUTEIRAS PROPAGADAS POR GARFAGEM: Abacateiro, Ameixeira, Cajuzeiro, Caquizeiro, Goiabeira, Gravioleira, Macieira, Pereira, Mangueira e Nogueira- Macadâmia.
A enxertia de borbulha (gemas)
Na preparação das borbulhas, as gemas são retiradas de ramos frutíferos logo antes da floração, que apresentam borbulhas intumescidas. Em fruteiras de clima temperado (ameixa, uva, caqui, pêssego, etc.), a enxertia de borbulhia é geralmente realizada após a formação completa da borbulha, antes da sua brotação, isto é, no outono ou inverno, dependendo da espécie frutífera. Em fruteiras tropicais ou subtropicais poderá ser feito em outros períodos.
TÉCNICAS DE ENXERTIA
O porta-enxerto fornece o sistema radicular e a gema ou garfo origina a copa da nova planta. É a parte vegetativa constituída da base do tronco da árvore e o sistema radicular. É o porta-enxerto que sustenta e envia nutrientes para toda planta. Escolher portas-enxerto quanto ao vigor, podendo ser anões, médios e vigorosos. Alguns são muito tolerantes à umidade e outros não. Há portas-enxerto tolerantes aos nematóides e doenças do colo.
O enxerto ou cavaleiro, constitui a parte que é inserida no porta-enxerto, através de uma estaca (ou garfo) ou uma borbulha (gema). Com o desenvolvimento das gemas do enxerto, forma-se a parte aérea da árvore conferindo á planta as mesmas características vegetativas e produtivas da planta-mãe, de onde foi obtido o enxerto. O enxerto deve ser proveniente de plantas adultas produtivas e sadias.
PODA DE FORMAÇÃO DAS ÁRVORES FRUTÍFERAS
A poda de formação da copa é exigida para todas as fruteiras, já na fase de plantio da muda. Enquanto que nas fruteiras tropicais e subtropicais consiste apenas em deixar de três a quatro ramos primários bem posicionados, para culturas de clima temperado ela é feita também no segundo e até no terceiro ano após o plantio. Essa operação é feita no inverno ou seja na fase de dormência da planta, para evitar efeitos negativos que podem ananizar a planta.
As plantas de clima tropical e subtropicais, como mangueiras, abacateiros, citros, goiaba, etc, não são exigentes em podas de formação, bastando deixar os ramos básicos nas mudas e eliminar aqueles mal formados. Já as plantas de clima temperado, como a videira, pessegueiro, macieira e outras, é fundamental conhecer as formas de condução da copa e os procedimentos recomendados para a poda de formação para os três primeiros anos de vida.
Fatores importantes para fazer a poda de uma árvore
Há certas condições fundamentais a conhecer antes de qualquer interferência na planta, principalmente as estruturas (composição) da planta, a fisiologia vegetal e a hidráulica da seiva na planta, para a poda seja benéfica e não prejudicial para o desenvolvimento e produtividade.
Na poda levar em consideração os princípios da poda quanto à fisiologia vegetal e hábitos de frutificação.
Fazer as podas com equilíbrio e observação, pois a experiência é fator importante no processo de poda. Ter as ferramentas adequadas e em boas condições para efetuar a poda. Considerar as condições climáticas do local, principalmente quanto a ocorrência dos períodos de frio e de geadas.
A necessidade de poda das fruteiras
Para algumas fruteiras, como as de clima temperado (ameixeira, caquizeiro, figueira, macieira, nectarineira, pereira, pessegueiro e videira), para produzirem frutos de qualidade e em quantidade é fundamental a poda constante. As fruteiras tropicais e subtropicais a poda tem menor exigência, com raras exceções, caso da goiabeira que é conduzida com poda drástica. A importância de se podar varia de espécie para espécie, assim poderá ser decisiva para uma, enquanto que para outra, ela é praticamente dispensável.
A poda baseia-se em princípios de fisiologia vegetal, princípios fundamentais que regem a vida das fruteiras. O conhecimento de algumas regras sobre a fisiologia vegetal em muito auxilia o podador. Ele fica sabendo poda, o que se pode e quando se poda. Entanto, a poda não é uma ação unilateral, há muitos outros fatores que envolvem o processo, que são adquiridas pela prática. A poda vai ensinando quem a está praticando. A poda que fazemos hoje, observamos o resultado amanhã, podendo repetir ou aperfeiçoar a poda realizada.
Como fazer um adubo líquido aproveitando resíduos
A Agricultura Orgânica Respeita o Trabalhador Rural
Todas as unidades envolvidas no sistema orgânico, devem cumprir a legislação trabalhista, a legislação referente à segurança e à saúde ocupacional, não sendo aceito discriminação de raça, gênero, religião, naturalidade ou posição política na seleção e contratação de trabalhadores. Deve atender os direitos da gravidez, aleitamento materno e afastamentos médicos. Não utilizar trabalho de menores de 14 anos nas atividades agroindustriais. O trabalho da faixa etária de 14 a 18 anos somente será permitido naquelas atividades consideradas não penosas pelas entidades oficiais. Deve proporcionar meios de aprendizado educacional para os funcionários e seus familiares. Adotar programas de formação profissional, principalmente quanto ao manuseio adequado de insumos agrícolas, equipamentos e máquinas agroindustriais. Contratar os trabalhadores com carteira de trabalho ou contrato de safra.
A remuneração dos trabalhadores pelo menos pelo o piso salarial regional. Estas relações devem ser éticas e idôneas, cumprindo rigorosamente os contratos estabelecidos. A unidade produtora deve providenciar o transporte adequado dos trabalhadores, ficando este serviço sob responsabilidade do produtor. Ela deve implantar e manter intalações e áreas de importância social, cultural, ambiental ou religiosa na unidade produtora. Fornecer uma moradia digna e saudável para os trabalhadores residentes. Assumir compromisso com o bem estar socio-econômico, que afetem diretamente a sua qualidade de vida.
O valor da Agricultura Orgânica
Um solo saudável é um ambiente com vida. Ele está cheio de organismos vivos como minhocas, insetos, ácaros, mamíferos e répteis (que moram no solo), nematoides, bactérias, fungos e outros microorganismos do solo. A maioria destes animais e micróbios são benéficos a seu solo e a suas plantas.
As plantas formadas no processo orgânico tendem a ser mais saudáveis e mais resistentes à doença e aos insetos nocivos do que as plantas crescidas com fertilizantes químicos.
As frutas e os vegetais orgânicos são muito mais ricos em nutrientes e minerais do que as plantas crescidas no solo quimicamente fertilizados, uma vez que os adubos orgânicos possuem a maior parte dos nutrientes essenciais exigidos pelas plantas e sua liberação é lenta no solo permitindo menor perda e maior aproveitamento.